A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura no corpo. Estima-se que esta doença afete aproximadamente 18 milhões de mulheres ao redor do mundo. Infelizmente, esse número não para de crescer.
Em 19 de janeiro de 2017 a Organização Mundial da Saúde divulgou um relatório apontando que a obesidade e o sobrepeso estão aumentando em toda a América Latina e Caribe, com maior impacto entre a população feminina e uma tendência ao crescimento entre a população infantil.
Doenças cardiovasculares, diabetes, artrose, câncer, refluxo, apneia do sono, infertilidade, esteatose e hipertensão arterial sistêmica são algumas das doenças que podem decorrer da obesidade.
O Diagnóstico da Obesidade
Este índice é utilizado para indicar magreza, normalidade, sobrepeso ou obesidade através de uma fórmula matemática dada pela divisão do peso em quilogramas pela altura ao quadrado em metros.
Importante destacar que o IMC não avalia o estado nutricional tornando muito importante realizar uma avaliação completa através de um profissional do ramo da nutrição.
Causas da Obesidade
O sobrepeso e a obesidade são causados, primariamente, pelo desequilíbrio entre consumo e queima de calorias. Se a mulher consome mais calorias do que o necessário – e faz disso um hábito – é natural que ela desenvolva a obesidade.
Entretanto, não é possível apontar um único culpado. As causas da obesidade são variadas, incluindo fatores genéticos, ambientais, psicológicos, comportamentais e até sociais. Contudo, sabe-se que além da má alimentação, o metabolismo lento, o sedentarismo e os distúrbios hormonais estão entre os principais catalisadores da obesidade.
Por isso vamos abordar cada um desses temas logo abaixo.
Má alimentação
É preciso tomar cuidado! No corre-corre do dia a dia, algumas pessoas acabam tornando os carboidratos vazios (alimentos sem valor nutricional) a base da sua dieta. São fáceis de encontrar, transportar e consumir. Além de proporcionarem um prazer momentâneo imediatamente após a sua ingestão.
Eles possuem um baixo valor nutricional e um elevado índice calórico. Além disso, não geram saciedade duradoura. Pouco tempo depois de ingerir um carboidrato vazio, sentimos vontade de comer novamente.
Já o sódio, presente em abundância no sal de cozinha e em comidas prontas, faz com que nosso organismo retenha mais água do que necessário. Em excesso, pode levar a problemas renais, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
Metabolismo Lento e Distúrbios Hormonais
Chamamos de metabolismo as reações bioquímicas que ocorrem no interior de nossas células e do nosso corpo. São elas, por exemplo, que transformam as calorias que consumimos em energia para viver, através do chamado catabolismo.
Já a taxa metabólica basal refere-se a quantidade mínima de calorias necessárias para manter as funções vitais do organismo em repouso.
A taxa metabólica basal varia de acordo com a idade, o sexo, a altura, o peso e o percentual de massa magra (músculos) de cada indivíduo. Em pessoas saudáveis, com características semelhantes, a variação é pequena.
A figura folclórica da “magra de ruim” pode até comer muito em uma determinada ocasião, contudo, deve compensar com atividades físicas e alimentação saudável. Se criar o hábito de comer mal e mais do que o necessário, ira engordar.
A pratica regular de atividade física, em especial a musculação, aumenta o percentual de massa magra em nosso corpo, aumentando, consequentemente, a taxa metabólica basal. Trata-se do melhor remédio para o “metabolismo lento” em pessoas saudáveis.
Há, contudo, doenças como, por exemplo, o hipotireoidismo (baixa produção de hormônios pela tireoide) e a Síndrome de Cushing, que pode causar complicações sérias como obesidade e atrofia muscular. Nestes casos, o endocrinologista deve ser consultado.
Sedentarismo
Estudos recentes, publicados pela Federação Mundial de Cardiologia, demonstram que aqueles que não praticam atividade física regularmente, mesmo sendo magros, tem o dobro de chances de desenvolver problemas cardiovasculares, hipertensão e diabetes.
Mas fique tranquila, não é preciso ser uma desportista para sair do sedentarismo. Basta gastar 2.200 calorias por semana em atividades físicas.
Para lhe ajudar a estabelecer uma meta e sair do sedentarismo, preparamos uma tabela de equivalência entre atividades físicas e gastos calóricos. Trata-se apenas de uma estimativa, baseada em uma pessoa de 70kg:
Caminhada | 5,5 kcal/min |
Caminhada Rápida | 520 kcal/hora |
Limpeza de Casa | 300 kcal/hora |
Subir Escadas | 1000 kcal/hora |
Corrida | 500 a 900 kcal/hora |
Natação |
500 kcal/hora |
Equipe Multidisciplinar: a importância do endocrinologista e da nutricionista no tratamento da obesidade.
O especialista apto a realizar essa tarefa é o endocrinologista. Ele é o responsável, dentre outras coisas, pelo estudo do conjunto de glândulas encarregadas da produção de hormônios e dos processos metabólicos.
Tendo ou não distúrbios hormonais, o paciente precisará manter uma dieta equilibrada, projetada de acordo com suas necessidades específicas.
Cabe ao Nutricionista, após avaliar a saúde nutricional do paciente e dos seus hábitos alimentares, elaborar um plano de reeducação alimentar.
Dietas genéricas ou da moda além de serem de difícil adesão – pois ignoram completamente as preferências e hábitos alimentares do paciente – também podem representar um risco a saúde, levando a desnutrição, anemia, problemas nos rins, entre outros. Consultar-se com um nutricionista e um endocrinologista da sua confiança são os primeiros passos em busca do emagrecimento com saúde.